quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Abaixo-assinado alteração de trânsito.

Exma. Senhora Presidente da Câmara Municipal de Abrantes




Nós, abaixo assinados, cidadãos da Freguesia de Rio de Moinhos, residentes, comerciantes, empresários e outros,  que necessitamos de viver, trabalhar e deslocarmo-nos quotidianamente na Freguesia, vimos por este meio lavrar o nosso protesto pela alteração efectuada ao trânsito na nossa Freguesia.

Consideramos ter sido feito sem um estudo exaustivo das consequências inerentes a sua alteração, foi sem duvida feito com a boa intenção, de melhorar, a circulação, mas como tudo, à 1ª vez não é fácil sair perfeito, e como é óbvio, tem as suas imperfeições, que apesar de vários cidadãos se terem manifestado nesse sentido, não foram corrigidas, vimos pois através deste baixo-assinado pedir que seja feita a sua rectificação, conforme solicitamos em anexo:

1 - O trânsito para ligeiros, será como estava, sem alteração, nos dois sentidos, pelas ruas Direita e Dr. João de Deus.

2 - O trânsito para os veículos pesados será: no sentido ascendente rua Direita, no sentido descendente pela rua Dr. João de Deus.

a) – Rua Dr. João de Deus no sentido ascendente, colocação de sinal de trânsito, indicando trânsito proibido a pesados, excepto cargas e descargas.

3 - Serão efectuadas mais algumas correcções, ligeiras mas ainda em estudo, e sujeitas a confirmação, como seja a colocação de STOPS, e Estacionamentos Proibidos, de modo a facilitar o trânsito.

a) - Estacionamento reservado a cargas e descargas em frente à Casa do Povo.

b) - Estacionamento reservado a utentes da Farmácia, junto à barbearia.







Está também em on-line o abaixo-assinado na sua forma original, que pode ser consultada e subscrita, no sítio:

http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/5276

domingo, 22 de novembro de 2009

Prova do vinho novo

Para a abertura do seu pipo, o amigo, Alberto, que fez questão de convidar os amigos que com ele colaborarão na apanha, da uva para a confecção do néctar em louvor do Deus Baco. “Bela pinga” disseram os convivas, não era caso para menos nos seus 14 graus, o vinho nem se sente, tem um beber macio, “como costumo dizer o vinho é guloso”, tem bom beber, mas atenção, deve ser bebido com moderação.


Para acompanhar a bebida, o Alberto fez questão de fazer uma fornada de pão (fui eu que o amassei) de fazer também umas broas, para acompanhar o digestivo, e de confeccionar umas migas de pão de milho, com couves e feijão, acompanhadas com bacalhau, entremeadas e entrecosto tudo feito na grelha, em que os convivas participaram alegremente como se pode comprovar pelas fotos.

Os meus agradecimentos, Alberto por esta bela tarde, de alegre convívio entre amigos.





segunda-feira, 16 de novembro de 2009

António Aleixo 60 anos.

Faz hoje 60 anos, que faleceu, o grande poeta popular António Aleixo. A RTP2 apresentou um documentário alusivo à sua vida e à sua poesia, com este documentário veio esclarecer muitos aspectos menos conhecidos da sua vida, da sua maneira de ser, da critica, da ironia social e da poesia do Poeta do Povo, como se tornou conhecido, este louletano, Homem simples no viver, mas de uma grande alma pela forma como via e cantava os motes que lhe apresentavam. Está de parabens a RTP2 por desta forma ter contribuido para a divulgação da obra deste grande Poeta Português.

Há luta por mil doutrinas.
Se querem que o mundo ande,
Façam das mil pequeninas
Uma só doutrina grande.

São parvos, não rias deles,
deixa-os ser, que não são sós:
Às vezes rimos daqueles,
que valem mais do que nós

Quando os Homens se convençam
Que à força nada se faz,
Serão felizes os que pensam
Num mundo de amor e paz

Os que bons conselhos dão
ás vezes fazem-me rir
por ver que eles mesmos, são
incapazes de os seguir.

Tu, que tanto prometeste
enquanto nada podias,
hoje que podes -- esqueceste
tudo o que prometias

Em não tenho vistas largas
Nem grande sabedoria
Mas dão-me as horas amargas
Lições de Filosofia.

Mentiu com habilidade,
fez quantas mentiras quis,
Agora fala verdade,
ninguém crê no que ele diz.

Julgando um dever cumprir,
Sem descer no meu critério,
Digo verdades a rir
Aos que me mentem a sério!

Quadras compiladas
In Este Livro que vos deixo... de António Aleixo
Joaquim Magalhães

terça-feira, 3 de novembro de 2009

As lições do Fontismo

Com a devida vénia transcrevo um comentário ao Post:


O Padre preso e os três GNR encapuzados!

Do Blog do Dr. José Maria Martins.

Relia pela terceira ou quarta vez um livro que possuo sobre Fontes Pereira de Melo e o seu período áureo à frente das Obras Públicas deste país, isto no terceiro quartel do século XIX, e via os seus projectos megalómanos para as redes de caminhos-de-ferro e estradas para Portugal, uma meta para o progresso do país, dizia ele, e dei por mim a pensar, que afinal, temos por cá outro Fontes Pereira de Melo, o nosso Sócrates. Também o actual 1º Ministro (isto. tirando qualquer outro tipo de interesses, habitualmente ligados à construção de grandes obras públicas), parece não ter percebido as lições do Fontismo, não percebeu que também o António Maria, queria o desenvolvimento de Portugal, que se esqueceu duma "pequena" coisa, Portugal não tinha industrias, ou as que tinha não tinham grande expressão económica para suportarem tal dimensão de obras públicas.



Também Portugal - ao contrário do que alguns esquerdistas e outros idiotas apregoam aos 4 ventos - não explorava as ex-províncias ultramarinas, Portugal era nesse tempo, um típico país rural, com um atraso fantástico, quer a nível de Educação e Instrução, quer ainda ao nível de investidores que apostassem realmente no desenvolvimento do país, Portugal ficava-se pela produção agrícola, quase toda no sector vinhateiro, e tudo resto era apenas Economia de subsistência.



Esses grandes investimentos, quase todos com empréstimos vindo do estrangeiro, estrangulam de tal forma o país, que este praticamente soçobrou, sendo sem dúvida umas das causas da bancarrota de 1891, bancarrota essa, que destruiu a economia do país, situação que perdurou até 1930, altura em que Salazar começou a pôr as contas em dia com pesadíssimos sacrifícios para a população portuguesa, situação essa, que parece se ter arrastado até hoje.



Ora, isto é semelhante à mesma situação em que nos encontramos novamente, ao invés de se investir naquilo que cria realmente riqueza para o país e daí se chamar investimentos, não, o que se quer é fazer despesas, à custa mais uma vez e mais endividamento externo, "investimentos" esses que não criam qualquer tipo de riqueza nem são estruturantes para o país, são sim estruturantes para os fulanos que se aproveitam disso, quer as construtoras, quer todos aqueles que gravitam à volta desses ditos "investimentos".



Assim, até porque já o demonstrei, quer aqui, quer noutros blogues, o TGV é um disparate completo, não precisamos desse tipo de comboio, é um tipo de equipamento que não dá com a Economia subdesenvolvida que possuímos, Nem os EUA, nem a Finlândia, nem a Suécia, nem a Dinamarca, nem a Noruega, isto para citar os países do topo, não possuem esse tipo de comboios, PORQUÊ?



Em primeiro lugar, em relação aos EUA, as linhas ferroviárias ao contrário do que se passa na Europa, pertencem a companhias privadas, o Estado Americano possui uma Companhia de comboios intercidades, a Amtrak, mas paga pela utilização dessas linhas, e esta companhia federal existe, porque a grande maioria das várias dezenas (já foram centenas), de companhias de caminhos-de-ferro desistiram da maioria dos comboios de passageiros, ficando-se pelo transporte de mercadorias, que é o sector que dá dinheiro. Tem um comboio de "alta velocidade" que para percorrer cerca de 700 km, demora o tempo estrondoso de mais de 9 horas, os tostões não dão para remodelar os carris, assim, mantém-se as velocidades dos anos 30, quanto aos respectivos países que citei, nem um está a esperar colocar comboios de muito alta velocidade, chega-lhes perfeitamente comboios de até 220/240 km., que não tem nada a ver com o TGV, antes, são semelhantes ao nosso Alfa.



Pode-se perguntar; então porque não investem nessas infra-estruturas, serão burros?

Está bom de ver, por um lado, são países periféricos como nós, por outro, tem mais que fazer (e investir), do que perder tempo com vaidades de gente parva.



Por isso, e reservando-me apenas ao sector ferroviário, que é aquele que conheço melhor, está mais que certo, que esses mega-investimentos - versus um grande pontapé nos verdadeiros investimentos necessários para uma Economia real - apenas vão prolongar, ainda por mais tempo, o endividamento da Nação, é claro, que enquanto Zé Povinho vai estiolar que nem um bezerro no meio do deserto, entretanto, uma meia dúzia (muito grande), de capangas vão encher os alforges até rebentarem, mas, isso, parece ser a sina deste país, estamos condenados a não levantar o pé da poça, a regra a seguir, é afundarmo-nos até aos cabelos no pântano de merda em que nos meteram.

Claro que precisávamos de gente séria, gente competente, de Presidentes da República que fossem pró activos e não passivos, de gente com garra, que amasse verdadeiramente Portugal, que tivesse orgulho na nossa História, que soubesse honrar aqueles que tudo derem para herdarmos uma Pátria, mas não, temos é piratas, corruptos e ladrões por todo o lado, não há maneira dos portuguesinhos acordarem deste sono letárgico em que foram lançados.



Não se esqueçam, que é uma Economia saudável, honesta, bem dirigida, sem dívidas, é que dá qualidade de vida os povos e mantém as nações vivas, não são os devaneios de meia dúzia de oportunistas, não são os endividamentos, nem as lavagens cerebrais que nos são impingidas, quer pelos políticos, quer pela chamada comunicação social, quase toda ela, nas mãos dos patrões dos políticos, essas, só nos enterram ainda mais.

Não se esqueçam que os vosso filhos, netos e outros vindouros, não tem culpa da merda que fazeis, nem daquilo que permitis, há que acordar, há que realmente, as pessoas tem de levantar os cuzinhos sentados ao computador para se juntarem em locais de reunião, que juntem as pessoas frente-a-frente, aonde se debatam os problemas que nos digam respeito, para que os políticos comecem a ter a noção que não são os donos cá do quintal, que os donos efectivos são os portugueses, se nada fazeis, então só vos resta fazer como a avestruz, só com uma "pequena" diferença, ao invés de enterrarem a cabeça na areia, eles vão-lhes enterrar a cabeça em merda!



Não esqueçam - pelos vossos filhos - as lições do Fontismo!



Cumprimentos.



LUSITANO

13:33 30-10-2009

LUSITANO
31.10.09 - 2:39 pm
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Os meus cumprimentos e felicitações ao caro LUSITANO pelo artigo em questão, que considero cheio de oportunidade, e de uma actualidade gritante.