terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Analise 2013 Projectos 2014


Último  dia do ano de 2013, altura de fazermos uma analise, fecha-se um ciclo inicia-se outro, renovam-se projectos, outros teram inicio, outros pelos mais variados motivos ficaram por acabar ou nem sequer foram começados, mas o que interessa é que temos projectos, sim temos e é um bom sinal, sinal de que estamos vivos que queremos viver, que temos saúde, que queremos ser úteis á sociedade, e queremos contribuir para a melhorar.

Por tudo isto desejos para todos um bom ano de 2014
Com muita saúde e muitos projectos.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Boas Festas e um Bem-haja.


Recordando o Professor José Hermano Saraiva.

No programa especial de Natal «Horizontes da Memória», gravado na localidade de Alpedrinha, apelidada pelo historiador José Hermano Saraiva  capital do bem-haja, fala-nos das diferenças entre o “obrigado e o bem-haja”, o Prof. José Hermano Saraiva será sempre recordado com muita saudade, e continuamos a aprender com os seus ensinamentos, um bem-haja para ele.

«Bem-haja é o agradecimento dos homens completamente livres». Excerto do programa especial de Natal «Horizontes da Memória», gravado na localidade de Alpedrinha, apelidada pelo historiador José Hermano Saraiva como capital do bem-haja.

«Como sabem, em português, a maneira mais corrente de agradecer é dizer simplesmente 'muito obrigado, muito obrigado'. O que é que quer dizer muito obrigado?

Obrigado quer dizer que eu fico com obrigação, o senhor fez-me um favor então eu fico com obrigação. Obrigação de quê? Com obrigação de o servir? Com obrigação de ser seu servo? Com obrigação de cumprir as suas ordens?

O 'bem-haja' é uma coisa completamente diferente. Bem-haja quer dizer, tenha tudo quanto deseja, que o futuro lhe seja feliz, eu não tenho obrigação nenhuma, eu não tenho feitio para trelas, nem para cangas, eu sou um homem livre.

Bem-haja é o agradecimento dos homens completamente livres».

Boas Festas, e um Bem-haja.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Maggiolo Gouveia, 37 anos.


Porque passaram 37 anos, a História os julgará.

Com a devida vénia transcrevo a carta do Bispo de Díli à viúva do Tenente-Coronel Maggiolo Gouveia, publicada por Broca.

Carta do Bispo de Díli à viúva do Tenente-Coronel Maggiolo Gouveia

     Há muito que me pesam no coração a dolorosa ansiedade e a cruel angústia de V.Exª. e de todos quantos têm, em Timor, os seus entes queridos e têm estado sem notícias deles. Por S. Exª. Revª. o Pró-Núncio Apostólico em Jacarta, sei, agora, que V. Exª. vive mergulhada em grande aflição e tristeza por absoluta falta de notícias e que pediu à Santa Sé informações sobre a situação do seu extremoso marido. É mais uma falta da minha parte. Mas, como compreenderá, nem sempre é possível escrever em pleno fragor da guerra. A vida começa, agora, tanto quanto é possível, a normalizar-se na cidade de Díli e nalgumas vilas da Província e, por isso, apresso-me a escrever-lhe esta carta, através da mesma Nunciatura em Jacarta que, espero, a fará chegar à mãos de V. Exª.

    Durante o período da guerra, como V. Exª sabe, tenho acompanhado, mais ou menos de perto, directa ou indirectamente, a sorte dos nossos queridos prisioneiros e, por isso, a do seu Exmº Marido e meu caríssimo amigo Tenente-Coronel Maggiolo Gouveia. Particularmente assisti-lhe com assiduidade, quando ele baixou ao hospital sem gravidade, mas onde se manteve até ao dia 7 de Dezembro de 1975. Nesta data, a FRETILIN levou, para Aileu, todos os doentes presos, como aliás todos os seus prisioneiros, detidos em Díli, que andariam à volta de uns 800. (1)

    Foi, então, que perdemos o contacto com os presos. Todos nós sentíamos a sensação de nos encontrarmos num túnel de curva fechada e vivíamos horas cheias de angústia, situações de terror e como de contínuo suspensos sobre o abismo da morte. Deus e só Deus, era a nossa esperança: ao coração d’Ele fazíamos e continuamos a fazer insistente violência.

 Preso e morto pelos comunistas da FRETILIN

   Só agora, - e já vão sete meses de guerra – começa a raiar esquivamente a aurora de possíveis dias de paz: começa a haver tranquilidade e confiança e a vida está a voltar à normalidade. E, também, só agora, estão chegando daqui e dali, do interior da Província, notícias do que por lá se passou. Estão aparecendo alguns prisioneiros levados pela FRETILIN, mas são muito poucos, os suficientes, porém, para por eles se saber os que não mais voltarão, porque foram mortos pelas forças comunistas. E entre estes que não mais voltarão, porque seguiram rumo à Casa do Pai do Céu, está o nosso querido Tenente-Coronel Maggiolo Gouveia: fez parte de mais de mil prisioneiros executados pela FRETILIN, no altar do ódio a Deus, à Família e à Pátria.

  É deveras dolorosa esta minha missão de lhe anunciar que Seu extremoso marido não pertence já ao número dos vivos “neste vale de lágrimas”, deu a sua vida pela fé e pela Pátria, morreu como um autêntico cristão, como um homem inteiriço, como um militar da têmpera desses militares de antanho, que são o orgulho e exemplo da nossa gloriosa História. É natural, minha Senhora, que o seu coração de esposa sangre de dor e que a Sua alma mergulhe na tristeza mais atroz; mas quando um homem morre como o seu marido morreu, herói da fé e da Pátria, é mais motivo para dar graças a Deus e honrar-se em tal morte do que para lamentações e lutos (...)

Rezar com os companheiros antes do fuzilamento

  A execução devia ter sido entre 9 e 15 de Dezembro de 75. Neste momento, ainda não me é possível averiguar a data exacta. (1). Sei apenas, como atrás disse, que todos os presos tinham sido levados de Díli para Aileu, em condições das mais desumanas. (2) Em dia que não consegui ainda precisar, mandaram reunir todos os presos, como era rotina, e foi feita a chamada de cerca de 50 a 60 homens, incluindo o nome de Maggiolo Gouveia, que sucessivamente iam alinhando no terraço. A este grupo, escoltado pela milícia armada, como era hábito, foi dada ordem de marcha em relação à estrada Aileu-Maubisse. Chegados aqui, e percorridos uns metros de estrada, soou a voz de “alto” e o grupo parou e viu-se próximo de uma grande vala, previamente aberta ao lado da estrada. É-lhes, então, dito que todos vão, ali, ser fuzilados. Há um momento de consternação e estremecimento colectivos. As milícias põem a arma à cara: e é então que o Tenente-Coronel Maggiolo Gouveia levanta a voz e diz: “Senhores, deixem-nos rezar.” E todo o grupo, de joelhos em terra, reza o terço a Nossa Senhora, dirigido pelo Tenente-Coronel Maggiolo Gouveia. Terminado este e estando todos ainda de joelhos, encoraja e anima os seus companheiros “condenados à morte” e termina dizendo: “Irmãos, breve vamos comparecer na presença de Deus e Pai; façamos o nosso acto de contrição, o nosso acto de amor”. E, em silêncio, entrecortado de lágrimas, os corações daqueles homens sobem a Deus para pedir... para lembrar..., e dizer... aquilo de que, naquela hora verdadeira, Deus é o único testemunho. Depois, o Tenente-Coronel põe-se de pé, sendo seguido neste gesto pelos seus companheiros, e dirige-se aos soldados-algozes nestes termos: “Irmãos, nós estamos já preparados para comparecer no Tribunal de Deus, lá vos esperamos também a vós. O meu único crime foi o de não renegar a minha fé e o de amar Timor. Morro por Timor. Morro pela minha Pátria e pela minha fé católica. Podeis disparar”. Evidentemente, os soldados timorenses ficam como que petrificados. Não se movem, nem se atrevem a pôr arma à cara. É um estrangeiro que rompe o silêncio nestes primeiros instantes e quebra a indecisão daqueles soldados nativos: põe ele a arma à cara e dispara contra o Tenente-Coronel Maggiolo. E, logo a seguir, todos os outros soldados fazem o mesmo, abatendo, com rajadas sucessivas, todos os presos. (Esta narrativa – quero que o saiba, minha Senhora – ouvi-a da boca de um dos presos de Aileu, o Administrador de Concelho de Maubisse, Lúcio da Encarnação, que a ouviu, por sua vez, dos próprios soldados algozes e que, ao fim, foi salvo pelas milícias de Ainaro).

 Assim morrem os heróis      

  Assim morrem os heróis. Assim morreu o Tenente-Coronel Alberto Maggiolo Gouveia. E quem assim morre, é orgulho para os pais, para a esposa, para os filhos e para a Pátria; e desta forma, não é a morte que coroa a vida, é a glória eterna em Deus, que sublima a morte. E mais vale morrer com glória do que viver com desonra – eram desta têmpera os portugueses de antanho. – Foi a ideia-força na vida deste Homem, deste Cristão e deste Oficial do Exército Português, de Maggiolo Gouveia. Se, como piedosamente cremos, ele continua a viver no Céu, junto de Deus, também viverá no coração dos timorenses, enquanto a memória dos homens não se desvanecer.

  Desculpe, minha Senhora, fui muito extenso e não disse tudo, mas penso que seria esta a melhor forma de mitigar a sua grande dor, de pedir-lhe que tenha coragem na vida para vencer até ao fim, onde o encontrará, e de exortá-la à confiança em Deus, que é o melhor dos pais e que, assim, a começa a preparar para “esse encontro” na meta final da vida.

   Aqui vão, Senhora D. Maria Natália, para V. Exª., para os seus filhos e para a demais família, as minhas profundas condolências e a expressão da minha comunhão de orações de sufrágio, com os meus sentimentos de religiosa estima e muita consideração.

                    De Vossa Excelência, servo inútil em Cristo

 Em 10 de Março de 1976

José Joaquim Ribeiro, Bispo de Díli

 Notas:

    (1) No aspecto legal, o Tribunal Judicial de Abrantes considerou a sua morte presumida em 8-12-75, sendo esta data publicada na Ordem do Exército.

  Entretanto, através de fontes ligados a D. Ximenes Belo e à Igreja Católica, veio a confirmar-se o fuzilamento de Maggiolo Gouveia e dos seus companheiros na antevéspera do Natal de 1975, e tal como referi anteriormente, ordenado pelo comité central da FRETILIN, ao qual pertencia Xanana Gusmão (*)

   (2) Recortada a notícia de Maggiolo Gouveia ter feito o percurso a pé, carregando um cunhete de munições.”



(*) Nota do titular do blogue: tanto quanto me é dado saber, também faziam parte do Comité Central da Fretilin: Ramos Horta (actual Presidente da República) e Mari Alkatiri (ex-Primeiro-Ministro e líder actual da Fretilin) 

Publicação: sexta-feira, 7 de Março de 2008 22:48 por Broca

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Parabens CR7


Parabéns RONALDO, parabéns a toda a equipa, treinador e jogadores, parabéns Portugal.

Depois desta exibição, (e se dúvidas existissem) a bola de OURO de 2013 já tem dono, CRISTIANO RONALDO (CR7) tirou de vez as dúvidas e carimbou o passaporte de Portugal para o BRASIL allou allou Brasil.

O campeonato do mundo sem o CR7, não tinha aquela motivação que os bons desportistas esperam e querem, o Brasil e o resto do mundo, vai ter a oportunidade de ver um grande jogador em acção.

 

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Política de Interesse


Em Portugal não há ciência de governar nem há ciência de organizar oposição. Falta igualmente a aptidão, e o engenho, e o bom senso, e a moralidade, nestes dois factos que constituem o movimento político das nações.

A ciência de governar é neste país uma habilidade, uma rotina de acaso, diversamente influenciada pela paixão, pela inveja, pela intriga, pela vaidade, pela frivolidade e pelo interesse.

A política é uma arma, em todos os pontos revolta pelas vontades contraditórias; ali dominam as más paixões; ali luta-se pela avidez do ganho ou pelo gozo da vaidade; ali há a postergação (Falta de consideração; desprezo, descuido; menosprezo. Alteração de uma data para um momento mais à frente; acção de adiar) dos princípios e o desprezo dos sentimentos; ali há a abdicação de tudo o que o homem tem na alma de nobre, de generoso, de grande, de racional e de justo; em volta daquela arena enxameiam os aventureiros inteligentes, os grandes vaidosos, os especuladores ásperos; há a tristeza e a miséria; dentro há a corrupção, o patrono, o privilégio. A refrega é dura; combate-se, atraiçoa-se, brada-se, foge-se, destrói-se, corrompe-se. Todos os desperdícios, todas as violências, todas as indignidades se entrechocam ali com dor e com raiva.

À escalada sobem todos os homens inteligentes, nervosos, ambiciosos (...) todos querem penetrar na arena, ambiciosos dos espectáculos cortesãos, ávidos de consideração e de dinheiro, insaciáveis dos gozos da vaidade.

Eça de Queiroz, in 'Distrito de Évora (1867)
 

terça-feira, 1 de outubro de 2013

não há dinheiro, não há palhaços

Madeira: não há dinheiro, não há palhaços

Disse e escrevi várias vezes - e porque o disse e escrevi de forma vigorosa tive de visitar, com regularidade, o tribunal do Funchal - que no dia em que fechassem a torneira a Alberto João Jardim o seu domínio sobre a Madeira chegaria ao fim. Não porque o Estado central deva usar o controlo dos recursos públicos para premiar ou punir políticos de que não gosta. Mas porque o governo Regional da Madeira usa esse dinheiro, muito para lá daquilo a que, numa divisão equitativa dos recursos nacionais, lhe caberia por direito, para manter uma teia de interesses, cumplicidades e dependências. Porque, numa região onde nem sequer há, como no continente, uma lei de incompatibilidades para os deputados, o despudor na promiscuidade entre interesses políticos e económicos atinge níveis que até num país como Portugal são difíceis de tolerar. Porque, só para pegar num entre muitos exemplos, o dinheiro dos contribuintes serve para distribuir um jornal gratuitamente, tentando assim sufocar o pluralismo informativo.

A Madeira foi, nestes últimos 39 anos, um feudo de violação sistemática das regras democráticas, de atropelo à legalidade constitucional, de ataque às liberdades cívicas e de achincalhamento da ética republicana. Nada que o todo nacional não conheça por experiência própria, mas que ali atinge níveis insuportáveis. Alberto João Jardim tinha dinheiro para manter os eleitores satisfeitos, os aliados fiéis e os opositores divididos. Para comprar empresários e a poderosa Igreja Católica local. Foi com esse dinheiro, que fazia falta a outras regiões do país, mas que por razões que desconheço nunca lhe foi negado, que Jardim construiu as fundações do seu poder clientelar e arbitrário. E o caciquismo permitiu-lhe isolar a oposição, a que, com o poder económico e político todo dependente de Jardim, apenas os mais corajosos ou com fortuna própria se podiam dar ao luxo de pertencer.

Se a democracia portuguesa está doente (disso falarei noutro texto), a da Madeira está, há décadas, em estado de coma. Na realidade, a democracia plena não chegou a criar raízes na ilha. Até que, como sempre disse que teria de acontecer, a torneira se fechou. Não por decisão de algum governante mais escrupuloso, mas pela profunda crise nacional. A quase vitória interna de Miguel Albuquerque (anterior presidente da Câmara Municipal do Funchal) explica-se por isso mesmo. Num PSD/Madeira construído na base da traficância de cargos e negócios, a escassez deixou cada vez mais militantes fora do banquete. Que, ressentidos, procuraram novo senhor. Também se explicam assim os desentendimentos entre Jardim e o seu mais rasteiro colaborador, Jaime Ramos. E, por fim, é a crise que explica a brutal derrota eleitoral que o PSD teve, no domingo, na Madeira. Nunca foram os dislates e disparates de Jardim que lhe renderam votos. Disso os madeirenses riam-se. Era a bebedeira de despesa útil e inútil, legítima e de legalidade duvidosa, que, ao contrário do que muitos gostam de dizer, não tinha qualquer paralelo com o que se fazia no resto do País. Era uma lógica de apoio social que, em vez de combater a pobreza e a exclusão, limitava-se a criar laços de dependência política. Uma cultura que fez escola em vários partidos de oposição. Em que parte do País os deputados distribuem comida aos eleitores com o dinheiro das subvenções do Estado e acham que isso é politicamente aceitável?

Também sempre disse que a Câmara Municipal do Funchal era o calcanhar de Aquiles de Jardim. Não era impossível a oposição conquistá-la e, a partir dela, romper a teia jardinista. Não esperava que no dia em que isso acontecesse o PSD perdesse mais seis autarquias (em onze). Sem estas sete câmaras municipais o poder de Jardim, que sufocava financeiramente cada autarquia que lhe saísse das mãos, torna-se impossível de exercer. Sem dinheiro, sem grande parte do poder local, com o partido rachado a meio e com todos os ratos a abandonar o barco, Alberto João está politicamente morto. Não tem os instrumentos - o dinheiro e as fidelidades que ele compra, o medo e os silêncios que ele garante - para se manter no poder. A sua promessa de purga interna é apenas um daqueles momentos patéticos que a paranóia de todos os pequenos déspotas sempre nos reserva no momento de caírem da cadeira do poder. 

A coligação que juntou o PS, o Bloco de Esquerda, o PND, o PTP e o PAN (os últimos três são, na realidade, partidos regionais que adoptaram siglas de partidos nacionais já existentes) conseguiu um feito. Em que o PCP/Madeira deveria ter participado, não ficando de fora da festa regional e da festa que o partido teve no continente. Ou esta coligação aproveita o momento para construir uma alternativa credível para a região ou a fera ferida terá tempo para se recompor. E poderá nascer, dentro do PSD, um novo jardinismo sem Jardim. Mas a tarefa mais difícil vem depois: reverter quatro décadas de uma cultura clientelar que minou a democracia na Madeira. Se a pedagogia da democracia exigente é, como se viu em Oeiras (sobre isso escreverei amanhã), uma tarefa fundamental mas difícil em todo o país, na Madeira ela implica um trabalho hercúleo.
: http://expresso.sapo.pt/madeira-nao-ha-dinheiro-nao-ha-palhacos=f833238#ixzz2gTbjyCgB
Daniel Oliveira
Jornal Expresso
Terça feira, 1 de outubro de 2013

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Obras em curso no leito do rio, parece que finalmente vamos ter de novo o nosso "Tejo" mais perto do cais, se bem que mesmo junto não está nos planos de quem tem a capacidade/poder para tal, era esse o desejo dos Riomoinhensses, voltar a ter o seu Tejo junto do cais, vamos aguardar.
Um bem-haja, para esta iniciativa de valorização requalificação do nosso cais o "ex-libris" de Rio de Moinhos, mas que nestes últimos anos tem estado tão esquecido.


 
 







 
 
 
 

terça-feira, 9 de julho de 2013

JUSTIÇA À INGLESA


Viram esta notícia em algum órgão de comunicação social? Estamos a anos-luz, ou mesmo nos antípodas da Justiça britânica...



Em 2003, o deputado inglês Chris Huhne foi apanhado num radar em alta velocidade. Na época, a então mulher dele, Vicky Price, assumiu a culpa.

 O tempo passou e aquele deputado passou a Ministro da Energia, só que o seu casamento acabou. Vicky Price decide vingar-se e conta a história à imprensa.

 Como é na Inglaterra, Chris Huhne, Ministro, demite-se primeiro do ministério e depois do Parlamento.

 ACABOU A HISTORIA?

 Qual quê! Estamos em Inglaterra...

 ... E em Inglaterra é crime mentir à Justiça. Assim, essa mesma Justiça funcionou e sentenciou o casal envolvido na fraude do radar em 8 meses de cadeia para cada um e uma multa de 120 mil libras.

 Segredo de Justiça? Nem pensar, julgamento aberto ao público e à imprensa.

 Quem quis, viu e ouviu.

 Segurança nacional? Nem pensar, infractor é infractor.

 Privilégio porque é político? Nada!

 E o que disse o Primeiro-ministro David Cameron quando soube da condenação do seu ex-ministro?

 'É uma conspiração dos media para denegrir a imagem do meu governo?" ou "É um atentado contra o meu bom nome e dos meus Ministros"?

 Errado. Esqueçam, nada disso!

 O que disse o Primeiro-ministro David Cameron disse, não foi acerca do seu ex-ministro, foi sobre o funcionamento da Justiça. E o que disse foi: 'É bom que todos saibam que ninguém, por mais alto e poderoso que seja, está fora do braço da Lei.'
 
 
Bem isto passou-se na Inglaterra, e se fosse cá, seria diferente? Ó se seria, e muito, mas porquê? 
Porque temos uma filosofia de vida diferente?
Porque somos mais pacíficos, logo mais permissivos e mais predispostos a deixar andar e a deixar passar situações deste caris, era bom que estes exemplos fossem seguidos.
Pois isto é tudo muito bonito de se dizer, mas nós temos um lema já muito antigo.
 "Todos queremos justiça, mas ninguém a  quer em casa".

terça-feira, 25 de junho de 2013

O PURITANISMO


Os italianos querem dar “uma” de - PURITANISMO – nos tempos que correm de tanta liberdade sexual, depois de tantas e decerto mais graves transgressões à lei, foi este macho latino condenado a sete anos de prisão quando o promotor publico pedia 6 anos, no casso Ruby, e aqui só pode ser por piada e dá vontade de rir, não fosse um caso de justiça e ser um caso sério, lá como cá estas sentenças só levam a que os cidadãos cada vez menos acreditem na justiça.

Quando os homens são puros, as leis são desnecessárias; quando são corruptos, as leis são inúteis. Benjamin Disraelli

A aplicação das leis é mais importante que a sua elaboração. Thomas Jefferson

Uma coisa não é justa porque é lei; mas deve ser lei porque é justa. Charles-Louis de Secondat


“Pior que não haver justiça, é ela ser mal aplicada”.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

MEMORIAL AOS MORTOS DA GUERRA DO ULTRAMAR


A Camara Municipal de Abrantes em colaboração com a Liga dos Combatentes (Delegação de Abrantes) procedeu hoje à inauguração no Monumento aos Mortos da Grande Guerra, na Praça Jardim da Republica, do Memorial aos mortos do ultramar, com a presença da Sra. Presidente da Camara, Dra. Maria do Céu Albuquerque, do Presidente da Liga dos Combatentes, Sr. General Chito Rodrigues, do Presidente da Delegação de Abrantes da Liga dos Combatentes, Sr. SargMor. Vitorino, este acto de homenagem aos nossos mortos do Ultramar contou também com a presença do Sr. Comandante da Escola Prática de Cavalaria de Abrantes, bem como de uma força da mesma unidade que prestou as honras militares, estiveram também presentes na cerimónia os familiares e amigos dos militares falecidos.



Ps: Este memorial foi da iniciativa de um grupo de cidadãos de Abrantes, proposto á CMA e á Liga, para perpetuar a memória dos nossos entres queridos que deram a sua vida em nome a Pátria.

 "Para que outros não esqueçam o seu sacrifício".
 


No prefácio do processo que deu sua origem ao memorial, (um acto cidadania de um grupo de cidadãos) pode ler-se este texto que se segue:


O ORGULHO DE SER PORTUGUÊS

È um dado adquirido; as sociedades civilizadas de hoje tiveram por matriz a civilização lusíada que os nossos antepassados levaram a todas as terras onde se fixaram: América, África, Índia, China e Timor. Foi com espírito que nos alimentámos entre sonhos e quimeras, esperanças e desilusões. Sempre fomos um povo de sorriso aberto e franco, homens de raça e braços de generosidade, corpo de técnica, voz de conquista, alma convicta e essencialmente pura! Como militares cumprimos um dever, a história encarregar-se-á um dia de classificar os feitos de armas levados a cabo pelas nossas forças armadas em vários teatros de operações, de 1961 a 1974. É com muita honra que afirmamos que nós combatentes pertencemos a essas forças armadas. Um povo sem memória não tem história nem futuro. Nós somos um povo com memória e uma história riquíssima. Daí, lutarmos para que os combatentes que morreram no ultramar português não fiquem na história como meros instrumentos ao serviço do poder. Foi com este espírito que dominámos o mundo, que fomos grandes, que nos abrimos aos outros povos, que lhes abrimos o caminho do mar, que nos impusemos e conquistámos. Foi com este espírito, que praticámos as proezas mais altas mas belas que pode conceber a imaginação humana. Sempre fomos grandes perante os nossos mortos. Em alguns casos morremos nos braços de uma paixão. Foi madrasta ou fez-nos heróis. Somos eternos na recordação, na saudade, no exemplo. Terminamos com um verso retirado do diário de um combatente quando cumpria o seu dever na Guiné.


                   Triste a vida eu passei

             Fui um homem de pouca sorte

             Tive dias que chorei

             A pedir a Deus a morte!

 

Victor Falcão

terça-feira, 11 de junho de 2013

Inauguração do memorial aos mortos da guerra do ultramar.


A Camara Municipal de Abrantes em colaboração com a  Liga dos Combatentes (Delegação de Abrantes) dia 14 de junho de 2013 pelas 11h30 no Jardim da República procederá ás cerimónias de inauguração do memorial aos mortos da guerra do ultramar.


Ps: Este memorial foi da iniciativa de um grupo de cidadãos de Abrantes, proposto á CMA e á Liga, para perpetuar a memória dos nossos entres queridos que deram a sua vida em nome a Pátria.
 "Para que outros não esqueçam o seu sacrifício".

domingo, 9 de junho de 2013

Quem financia os sindicatos?


 Para ver e ouvir com atenção???????????
 


Uma recente reportagem no canal público de televisão sobre os sindicatos, trouxe à tona o pouco transparente e gigantesco mundo sindical e conseguiu descortinar que pelo menos 6,5 milhões de euros são entregues pelo Estado todos os anos às centrais sindicais. Concluí-se portanto, que em Portugal a despesa parasitária contínua a não ser combatida.

Paulo Conde - Correio da Manhã - 2013

 

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Quem financia os sindicatos?
Esta semana, o Sexta às 9 revela que ninguém fiscaliza as listas de associados que permitem aos sindicatos ter dirigentes pagos a tempo inteiro pelo Estado.

http://www.rtp.pt/play/p1047/e118298/sexta-as-9-ii

sábado, 1 de junho de 2013

Dia da criança


- Em cada criança uma esperança -

O Dia Mundial da Criança é oficialmente 20 de novembro, data que a ONU reconhece como Dia Universal das Crianças por ser a data em que foi aprovada a Declaração dos Direitos da Criança.1 Porém, a data efectiva de comemoração varia de país para país.
No Brasil

No ano de 1924, o deputado federal Galdino do Valle Filho teve a ideia de "criar" o dia das crianças. Os deputados aprovaram e o dia 12 de outubro foi oficializado como Dia da Criança pelo presidente Arthur Bernardes, por meio do decreto nº 4867, de 5 de novembro de 1924. Mas somente em 1960, quando a Fábrica de Brinquedos Estrela fez uma promoção conjunta com a Johnson & Johnson para lançar a "Semana do Bebê Robusto" e aumentar suas vendas, é que a data passou a ser comemorada. A estratégia deu certo, pois desde então o dia das Crianças é comemorado com muitos presentes. Logo depois, outras empresas decidiram criar a Semana da Criança, para aumentar as vendas. No ano seguinte, os fabricantes de brinquedos decidiram escolher um único dia para a promoção e fizeram ressurgir o antigo decreto. A partir daí, o dia 12 de outubro se tornou uma data importante para o setor de brinquedos no Brasil.

Em Portugal

Em Portugal, o dia das crianças é festejado no dia 1 de junho, pois o mês de maio homenageia Maria, mãe de Jesus. O dia da criança foi comemorado, no mundo inteiro a 1 de junho de 1950.

Estados Unidos

Nos Estados Unidos, o dia das crianças é festejado no 1° domingo de junho, a data pode variar de estado para estado em nível nacional. Dia das Crianças e Juventude foi aprovado em 1994, quando o Legislativo do Havaí se tornou o primeiro estado do país a aprovar uma lei para reconhecer o 1° domingo de outubro como "Dia das Crianças". Nos Estados Unidos o presidente Bill Clinton proclamou o dia das crianças em 11 de outubro de 1998, 2 em resposta a uma carta escrita por um menino de seis anos perguntando se ele iria aprovar o Dia das Crianças. "Dia Nacional da Criança" foi proclamado pelo presidente George W. Bush em 03 de junho de 2001. 3

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre
 

quinta-feira, 23 de maio de 2013

A SEGURANÇA VERSUS A FALTA DELA


Sobre este tema não posso deixar de expressar a minha mais veemente repudia pelos actos cometidos recentemente na Chainça, sobre pessoas idosas nas suas próprias casas enquanto dormiam, pensando estar em segurança e a salvo destes actos de verdadeira barbárie, indivíduos destes que além de assaltarem, maltratam de forma gratuita, pessoas de avançada idade incapazes de se defenderem, são autênticos animais.

Quando forem caçados que é o termo correcto, vão invocar os direitos humanos para serem tratados com tal, que direito têm de o invocar?

Aproveito para expressar a minha solidariedade, e o meu pesar, neste momento difícil e de dôr às famílias.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

A LIBERDADE E A NATUREZA HUMANA


(...) Talvez a liberdade seja uma ideia tão subversiva em si mesma que não se adapta ao mais fundo da natureza humana.
Em muitas ocasiões tenho reparado que muitos preferem ter alguém que lhes ordene tudo, mesmo o absurdo, do que terem a liberdade e a responsabilidade por si mesmos.(...)


E a pobreza é má conselheira: na pobreza, os povos preferem uma ditadura que a todos nivela na miséria a uma liberdade que deixa cada um entregue à sua sorte. (...)
Miguel Sousa Tavares - Expresso de 9-3-2013
 
 
Venezuela 2013, a oportunidade perdida.