terça-feira, 9 de julho de 2013

JUSTIÇA À INGLESA


Viram esta notícia em algum órgão de comunicação social? Estamos a anos-luz, ou mesmo nos antípodas da Justiça britânica...



Em 2003, o deputado inglês Chris Huhne foi apanhado num radar em alta velocidade. Na época, a então mulher dele, Vicky Price, assumiu a culpa.

 O tempo passou e aquele deputado passou a Ministro da Energia, só que o seu casamento acabou. Vicky Price decide vingar-se e conta a história à imprensa.

 Como é na Inglaterra, Chris Huhne, Ministro, demite-se primeiro do ministério e depois do Parlamento.

 ACABOU A HISTORIA?

 Qual quê! Estamos em Inglaterra...

 ... E em Inglaterra é crime mentir à Justiça. Assim, essa mesma Justiça funcionou e sentenciou o casal envolvido na fraude do radar em 8 meses de cadeia para cada um e uma multa de 120 mil libras.

 Segredo de Justiça? Nem pensar, julgamento aberto ao público e à imprensa.

 Quem quis, viu e ouviu.

 Segurança nacional? Nem pensar, infractor é infractor.

 Privilégio porque é político? Nada!

 E o que disse o Primeiro-ministro David Cameron quando soube da condenação do seu ex-ministro?

 'É uma conspiração dos media para denegrir a imagem do meu governo?" ou "É um atentado contra o meu bom nome e dos meus Ministros"?

 Errado. Esqueçam, nada disso!

 O que disse o Primeiro-ministro David Cameron disse, não foi acerca do seu ex-ministro, foi sobre o funcionamento da Justiça. E o que disse foi: 'É bom que todos saibam que ninguém, por mais alto e poderoso que seja, está fora do braço da Lei.'
 
 
Bem isto passou-se na Inglaterra, e se fosse cá, seria diferente? Ó se seria, e muito, mas porquê? 
Porque temos uma filosofia de vida diferente?
Porque somos mais pacíficos, logo mais permissivos e mais predispostos a deixar andar e a deixar passar situações deste caris, era bom que estes exemplos fossem seguidos.
Pois isto é tudo muito bonito de se dizer, mas nós temos um lema já muito antigo.
 "Todos queremos justiça, mas ninguém a  quer em casa".