O secretário de Estado do Desporto e
Juventude, Emídio Guerreiro, considerou hoje, em Coimbra, que o incidente que
levou à morte de seis estudantes na Praia do Meco "não é praxe
académica".
A praxe "não é aquilo, nem nunca o
foi", afirmou Emídio Guerreiro, também antigo presidente da Associação
Académica de Coimbra, sublinhando que aquilo que levou à morte dos seis
estudantes da Universidade Lusófona são "actos ilícitos que devem ser
punidos".
Emídio Guerreiro falava à margem da
apresentação do Projecto 80, na Escola Secundária Infanta Dona Maria, em
Coimbra, que irá percorrer 18 escolas do 3.º ciclo e ensino secundário do país,
procurando incentivar ao desenvolvimento de projectos na área da
sustentabilidade social, económica e ambiental.
O secretário de Estado frisou que os
acontecimentos na praia do Meco são "uma questão policial", por haver
"quem esteja a incumprir a lei".
Os seis jovens que morreram na praia do
Meco faziam parte de um grupo de estudantes universitários que tinham alugado
uma casa na zona para passar o fim-de-semana.
Segundo as autoridades, uma onda
arrastou-os na madrugada de 15 de Dezembro, mas um dos universitários conseguiu
sobreviver e dar o alerta. Os corpos dos restantes foram encontrados nos dias
que se seguiram.
O Ministério da Educação e Ciência
convocou as associações de estudantes do ensino superior para uma reunião,
nesta semana, sobre praxes académicas, sendo que a questão irá também ser
abordada nas reuniões previstas nas próximas semanas com o Conselho de Reitores
das Universidades Portuguesas e com o Conselho Coordenador dos Institutos
Superiores Politécnicos.
O Ministério pretende debater com os
alunos e as instituições as "melhores formas de prevenir este tipo de
situações de extrema gravidade".
27 de Janeiro, 2014
Lusa/SOL
PS: Este comentário do Sr. Secretário de Estado do Desporto e Juventude, Emídio Guerreiro, vem de encontro ao nosso pensamento ao nosso sentimento sobre esta prática.
MEGAPRAXIS
“…….O que diferencia o homem dos restantes animais é
precisamente o primeiro ser dotado de inteligência mais desenvolvida do que a
dos segundos, inteligência tal que se complementará de princípios básicos
recebidos dentro dum sistema familiar, consistindo num dos pilares fundamentais
da estruturação social que parece desmembrar-se.
Assim se vão formando as novas gerações, excepto aqueles
que por razões fúteis vão tombando pelo caminho...
Estará
cá o Cidadão errado nesta breve reflexão?.......”
Caro amigo ciber O cidadão
abt.
Não poderia estar mais de
acordo com esta sua análise diga-se breve reflexão. Através das suas palavras
que mais parecem extraídas de um tratado de psicologia tal é analise levada á
exaustão deste tema. Neste caso e tendo em atenção que não se tratavam de
caloiros, mas sim de aspirantes a futuros líderes de praxes, tenho dever de
informar que nunca fui e não sou a favor de qualquer tipo de iniciação ou
praxe, para mim esta forma de integração é humilhante, há outras formas mais
humanas e eticamente mais responsáveis de receber e integrar num determinado
meio. Estas formas de fazer a chamada praxe são degradantes e improprias de
pessoas civilizadas e como tal devem ser banidas, erradicadas e a sua prática
denunciada e penalizada.
Um bem-haja.
Caro Tiri-ri:
O caso dos cinco estudantes tombados nas fileiras das praxes é um entre muitos
que nos vão passando despercebidos ou vão caindo no nosso esquecimento.
Percebe-se pelo caso em apreço que em certas faculdades existirá uma hierarquia
de praxes onde para se conseguir o "estatuto de praxante" ter-se-ão
os candidatos que se sujeitar a praxes de elevado grau de violência!
Afinal determinados estabelecimentos de ensino superior estarão vocacionados
para a transmissão de conhecimentos e formação de jovens ou vocacionados para
outras práticas de foro ritualista e cariz obscurantista de contornos
criminais?
Tendo em conta que este seu comentário foi redigido por alguém que viveu parte
da sua vida inserido num regime militar, espartano, vedado à sociedade civil e
onde as praxes tinham e têm vinculo, mas que salvaguardam a integridade física
e a vida dos contemplados.
É um paradoxo relativamente ao que frequentemente se passa na sociedade civil
onde o principal factor de descontrole e excesso assenta na falta de formação
de muitos que se consideram parte integrante dessa mesma formação...
Entre outros temas e sabendo do que se vem passando na Universidade do Minho
onde sob o mote das praxes até os docentes já vão sendo submetidos a
humilhações por parte de cachopos, de modo algum poderia este Cidadão deixar
passar em branco ou ficar indiferente a um fenómeno que encerra contornos de
nulidade da educação que deveria ser administrada no âmbito familiar!
Obrigado pela visita a esta xafarica bem como para a sua predisposição em
depositar aqui o seu comentário na medida que ultimamente, pese o número de
visitas ultrapassar as 450 nas 24 horas seguintes a uma nova postagem e a
frequência se manter na ordem das 60 diárias, o pessoal parece ter ganho
frieiras nos dedos coibindo-se em comentar...
26 de Janeiro de 2014 às 20:13