A Camara
Municipal de Abrantes em colaboração com a Liga dos Combatentes (Delegação de Abrantes)
procedeu hoje à inauguração no Monumento aos Mortos da Grande Guerra, na Praça
Jardim da Republica, do Memorial aos mortos do ultramar, com a presença da Sra.
Presidente da Camara, Dra. Maria do Céu Albuquerque, do Presidente da Liga dos Combatentes,
Sr. General Chito Rodrigues, do Presidente da Delegação de Abrantes da Liga dos
Combatentes, Sr. SargMor. Vitorino, este acto de homenagem aos nossos mortos do
Ultramar contou também com a presença do Sr. Comandante da Escola Prática de
Cavalaria de Abrantes, bem como de uma força da mesma unidade que prestou as
honras militares, estiveram também presentes na cerimónia os familiares e
amigos dos militares falecidos.
Ps: Este
memorial foi da iniciativa de um grupo de cidadãos de Abrantes, proposto á CMA
e á Liga, para perpetuar a memória dos nossos entres queridos que deram a sua
vida em nome a Pátria.
"Para que outros não esqueçam o seu
sacrifício".
No
prefácio do processo que deu sua origem ao memorial, (um acto cidadania de um
grupo de cidadãos) pode ler-se este texto que se segue:
O
ORGULHO DE SER PORTUGUÊS
È um
dado adquirido; as sociedades civilizadas de hoje tiveram por matriz a
civilização lusíada que os nossos antepassados levaram a todas as terras onde
se fixaram: América, África, Índia, China e Timor. Foi com espírito que nos
alimentámos entre sonhos e quimeras, esperanças e desilusões. Sempre fomos um
povo de sorriso aberto e franco, homens de raça e braços de generosidade, corpo
de técnica, voz de conquista, alma convicta e essencialmente pura! Como
militares cumprimos um dever, a história encarregar-se-á um dia de classificar
os feitos de armas levados a cabo pelas nossas forças armadas em vários teatros
de operações, de 1961 a 1974. É com muita honra que afirmamos que nós
combatentes pertencemos a essas forças armadas. Um povo sem memória não tem
história nem futuro. Nós somos um povo com memória e uma história riquíssima.
Daí, lutarmos para que os combatentes que morreram no ultramar português não
fiquem na história como meros instrumentos ao serviço do poder. Foi com este
espírito que dominámos o mundo, que fomos grandes, que nos abrimos aos outros
povos, que lhes abrimos o caminho do mar, que nos impusemos e conquistámos. Foi
com este espírito, que praticámos as proezas mais altas mas belas que pode
conceber a imaginação humana. Sempre fomos grandes perante os nossos mortos. Em
alguns casos morremos nos braços de uma paixão. Foi madrasta ou fez-nos heróis.
Somos eternos na recordação, na saudade, no exemplo. Terminamos com um verso
retirado do diário de um combatente quando cumpria o seu dever na Guiné.
Triste a vida eu passei
Fui um homem de pouca sorte
Tive dias que chorei
A pedir a Deus a morte!
Victor Falcão
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