segunda-feira, 13 de abril de 2009

O cão d'água Português

Este nobre animal outrora tão útil na faina da pesca, e hoje como tudo o que cai em desuso foi ficando esquecido e quase se extinguiu esta raça em Portugal, junto uma pesquisa sobre o Cão de Água Português que fiz na Net.

"O Cão d'Água Português foi durante muitos séculos, utilizado a bordo dos barcos de pesca como auxiliar dos pescadores. Na faina há sempre peixe que cai no içar das redes, cabos que deslizam borda fora. Então o cão tem um papel importante no cobro do peixe, na recuperação do cabo o que consegue graças à sua magnífica aptidão natatória e capacidade de mergulho até alguns metros de profundidade.
É tradição oral entre os pescadores da costa algarvia, que os cães detectavam muito antes dos humanos a presença de tubarões. Quando um animal se recusava, obstinadamente, a entrar na água, os pescadores aceitavam esta atitude porque tinham como certa a presença de um inimigo nas redondezas.
Para além das tarefas piscatórias, o cão desempenhava também funções de estafeta entre embarcações e dela para a praia ou vice-versa, transportando mensagens ou objectos.
Quando termina a faina e descarregado o pescado, os pescadores abandonavam a embarcação na mira do merecido descanso, o cão continuava de serviço, desta vez como guarda de todo o património.
De tal modo era reconhecida a importância das funções do cão, que este estava praticamente integrado na companha, com direitos atribuídos na distribuição do pescado, que iam de um quarto a metade do quinhão de cada pescador. Este peixe servia para a sua alimentação, da responsabilidade de um membro fixo da tripulação.
O Rei D. Carlos, homem de grande cultura, atento às coisas do mar, tinha a bordo do iate «D. Amélia» dois exemplares da raça, que lhe prestavam óptimos serviços nso estudos oceanográficos. Exemplo em boa hora seguido pela Marinha Portuguesa que mantém a bordo dos Navios-escola Sagres e Criola, Cães de Água, óptimos embaixadores do mundo canino português nos portos escalados por estas embarcações.
Com a evolução da técnica, aconteceu ao Cão de Água o mesmo que se verificou com inúmeras classes profissionais dos humanos, ficaram desempregados e o seu número diminuiu drasticamente, uma vez que as suas aptidões deixaram de ser apreciadas e utilizadas, por desnecessárias. Assim no início do século XX o seu número diminuiu gradualmente, acabando por permanecer somente na costa algarvia.
Embora com uma brilhante «folha de serviços», não havia entre nós a noção de que tínhamos um raça que deveríamos preservar, melhorar e promover. Como reflexo, os trata distas estrangeiros das coisas cinológicas, ao descreverem as raças portuguesas, ignoravam-na. Eram cães de pobres, como eles nasciam, viviam e morriam, sem história. Na década de 70, o Guiness Book, atribui-lhe o título pouco invejável e para nós nada honroso da raça canina mais rara do mundo.
No entanto, graças às suas qualidades como cão de companhia e com a sua inata aptidão para o trabalho na água que tem vindo a ser, e muito bem, fomentada através das Provas Práticas, o Cão de Água Português tem vindo a conquistar novamente um papel de destaque, que tanto merece, em Portugal e no Mundo."
O sublinhado a Negrito é meu.

1 comentário:

Aqui - Ali - Acolá disse...

Olá amigo bom dia.

Obrigado pela sua visita a meu blog que é sempre bem-vinda.

Bom post este que aqui colocou sobre o cão de água português, pois é um artigo que merece destaque e saber da sua história, pois pelo que já outrora eu li algo sobre esta raça de cão, achei muito útil este seu post para quem desconheça este tipo de cão fique a conhecer um pouco do que foi a utilidade desta raça de cão.

Cumprimentos e dias felizes..