quinta-feira, 24 de março de 2011

PARA LER E MEDITAR


Entrevista de um professor chinês de economia, sobre a Europa, que viveu em França:  Prof. Kuing Yaman.

1. A sociedade europeia está em vias de se auto-destruir. O seu modelo social é muito exigente em meios financeiros. Mas, ao mesmo tempo, os europeus não querem trabalhar. Só três coisas lhes interessam: lazer/entretenimento, ecologia e futebol na TV! Vivem, portanto, bem acima dos seus meios. Porque é preciso pagar estes sonhos de miúdos...

2. Os seus industriais deslocalizam-se porque não estão disponíveis para suportar o custo de trabalho na Europa, os seus impostos e taxas para financiar a sua assistência generalizada.

3. Portanto endividam-se, vivem a crédito. Mas os seus filhos não poderão pagar 'a conta'.

4. Os europeus destruíram, assim, a sua qualidade de vida empobrecendo. Votam orçamentos sempre deficitários. Estão asfixiados pela dívida e não poderão honrá-la.

5. Mas, para além de se endividar, têm outro vício: os seus governos "sangram" os contribuintes. A Europa detém o recorde mundial da pressão fiscal. É um verdadeiro 'inferno fiscal' para aqueles que criam riqueza.

6. Não compreenderam que não se produz riqueza dividindo e partilhando mas sim trabalhando. Porque quanto mais se reparte esta riqueza limitada menos há para cada um. Aqueles que produzem e criam empregos são punidos por impostos e taxas e aqueles que não trabalham são encorajados por ajudas. É uma inversão de valores.

7. Portanto o seu sistema é perverso e vai implodir por esgotamento e sufocação. A deslocalização da sua capacidade produtiva provoca o abaixamento do seu nível de vida e o aumento do... da China!

8. Dentro de uma ou duas gerações 'nós' (os chineses) iremos ultrapassá-los. Eles tornar-se-ão os nossos pobres. Dar-lhes-emos sacas de arroz...

9. Existe um outro cancro na Europa: existem funcionários a mais, um emprego em cada cinco. Estes funcionários são sedentos de dinheiro público, são de uma grande ineficácia, querem trabalhar o menos possível e apesar das inúmeras vantagens e direitos sociais, estão muitas vezes em greve. Mas os decisores acham que vale mais um funcionário ineficaz do que um desempregado...


10. Vão (os europeus) direitos a um muro e a alta velocidade...

Bem, palavras para quê?

6 comentários:

O Cidadão abt disse...

Ora bem, ciber Tiri-ri-ri!

De Pequim não vem só a filosofia do Mao-Tsé-Tung!

Cá temos uma análise acertadíssima do Professor Kuing Yaman, acerca desta sociedade ocidental de um consumismo exacerbado, em que Portugal se integrou e por mor disso, se desintegra!

Quanto à entrevista de 24/3/2011 na Rádio Tágide, foi 5*****!

Parabéns aos entrevistados DrªMatilde Lino Netto de Pádua, Dr.José Vasco Matafome e ao entrevistador Mário Rui Fonseca, pelos temas abordados!

"Com este comentário do Cidadão abt, deve estar um burro para morrer," suporá o mister assim pr'ó de repente!

Estas letrinhas não significam que cá o praça...
Ná... é apenas uma constatação, um reconhecimento, um feedback positivo!!

fmjacinto.marques@gmail.com disse...

Caro amigo ciber Cidadao abt, agradeço as palavras amigas e simpáticas, que dirigiu em relação á entrevista e ao entrevistador.
Sim mas porque é que havia de estar um burro para morrer, então já não se pode usar de franqueza, se gostou do que ouviu, embora não seja da sua cor, porque não dize-lo. Só prova que é uma pessoa que sabe discernir, e separar as águas, temos a obrigação de pelo menos com nós próprios ser honestos, e se gostamos ter-mos a frontalidade de o dizer.

O Cidadão abt disse...

Olá, ciber Tiri-ri-ri:

Pese ser anti-cinzenismo e autor dos próprios pensamentos, cá o Cidadão abt não se considera um seguidista, não vai pela cromática nem pelos jogos das cores ou pelas cores dos jogos, mas sim pelo mérito das pessoas, conotadas com qualquer uma das cores, porque um dos males diversos que(des)grassam nestas Assembleias governativas será precisamente o de assistirmos ao circo de cada um puxar a brasa à sua cor, deixando-se os mais determinantes envolver no servilismo, em vez de puxarem pelo interesse comum em prol da estabilidade nacional!

Como o confirma, frontalidade é algo que não falta por estas bandas.

Manifestando todo o prazer por esta salutar troca de opiniões, inté uma próxima bitáitada!

HORTA F's disse...

Boas Tiri-ri-ri

Pois bem.
Esse sr. chinês também devia ter dito que foram os "...cratas" europeus e americanos que abriram as portas dos seus mercados à China e que em virtude dos baixos salários e outros custos de produção, facilitaram a mudança das empresas de manufacturação para os parques industriais das cidades chinesas.
Esse sr. devia ter dito também que, a escandalosa política de centralização económica que o partido prossegue no seu país, evita a venda de produtos europeus ou americanos no mercado chinês. Isso está bem patente na forma como o partido mantém inalterável o valor da sua moeda há mais de uma década, sendo esta de 10 Yuan para 1 Euro.
Esse sr. chinês, como membro do partido que é, não fala nas desigualdades nem na forma como cidadãos indesejáveis em determinados locais são removidos à força, para nas terra onde vivem à gerações serem construídos esses exemplos da vitalidade económica chinesa.
Não fala das atrocidades contra todos os que levantam a voz contra o partido.
Nem fala na forma como a China actua em Àfrica, comprando os recursos naturais a esses países pobres, sem, ao contrário de europeus ou americanos, empregar um único trabalhador que seja das comunidades locais.
Esse sr. chinês, não fez referência aos acordos comerciais feitos, neste caso com o governo português, que permitem a instalação de comercios com isenção de impostos, o que leva a um claro aproveitamento de quem gere esse negócio para que nunca pague os mesmos impostos que um comerciante português.

O povo chinês merece o meu respeito pela riqueza cultural que o tornou num dos povos com maior sucesso na história da humanidade, mas isso não implica que tenha simpatia pelos seus métodos nem pela trampa que aqui vendem sem pagar imposto.

tiri-ri disse...

Caro amigo Tramagalense.
Agradeço os comentários que fez ao post “Para ler e meditar” com os quais, creia estou de absoluto acordo. Este povo tipo formiga, não tem culpa de termos nós Europa aberto, digo melhor escancarado as portas ao seu mercado, e em especial Portugal sem qualquer controle e exigências de mercado. È só facilidades, mas as mesmas facilidades, também são concedidas às grandes superfícies, pois que andam volta na volta, a mudar de nome. Este post teve somente a intenção de chamar a atenção para estas observações feitas pelo Prof. Kuing Yaman que achei muito oportunas, e que reflectem a realidade actual do nosso País. Em relação ao que se passa na China, quem anda minimamente actualizado, sabe da forma como este povo, vive. E como diz e muito bem da sua riqueza cultural, mas digo mais, andamos nós nesta velha Europa a proteger as crianças da exploração infantil, e o que é que se passa na China com as crianças? Bem também há um provérbio que diz “o trabalho da criança é pouco quem não o aproveita é louco” não quero com isto dizer que concorde com este dito popular, porque as crianças devem ser protegidas, e não exploradas, e depois andamos a comprar, todos estes produtos sem as devidas especificações e recomendações de fabrico da CEE, só por serem mais baratos.
Fico grato pela atenção.
Com os meus cumprimentos,

HORTA F's disse...

Boas Tiri-ri-ri

"Este povo tipo formiga, não tem culpa de termos nós Europa aberto, digo melhor escancarado as portas ao seu mercado, e em especial Portugal sem qualquer controle e exigências de mercado. È só facilidades, mas as mesmas facilidades, também são concedidas às grandes superfícies, pois que andam volta na volta, a mudar de nome."

Foi um monstro chamado
"Globalização" que promoveu o escancaramento de portas. Neste aspecto, sendo Portugal um pequeno país, muito pouco podia fazer para combater essa decisão dos
"...cratas", em acabar com os impostos sobre as importações. Quem ganha são sempre os mesmos, os bancos, as grandes importadoras e transportadoras e os grandes do comercio, como sejam as grandes superfícies. O consumidor também ganha, comprando a quinquilharia mais barata.
No que respeita às grandes superfícies em particular, é um facto que acontece o que referiu, mas também é um facto que criam empregos ao nível do espaço em sí, do transporte e armazenamento e na própria produção de alimentos e outros géneros. Se fogem aos impostos, isso é razão mais do que suficiente para ser criado um sistema fiscal independente do sistema politico. Para começar é necessário mudar lei de financiamento dos partidos, impondo um limite às "ofertas" de privados aos dois maiores partidos nacionais.

Voltando a esse sr. chinês. Este acusa-nos de dar-mos muita importância ao futebol, mas não referiu que um dos maiores crescimentos no mercado do futebol é o chinês e é apenas uma questão de tempo para que um clube inglês seja comprado por um super-rico chinês, bem colocado, como sempre, dentro do partido.
Para além disso, não referiu também que as apostas e o jogo de azar é um desporto favorito no seu país e a prová-lo estão os casinos de Macau e Hong Kong sempre apinhados de membros do partido com muitos Yuans no bolso para gastar nas slot machines, na roleta e deploráveis lutas entre animais. Mas nós temos a tourada, por isso não podemos falar muito.
Por falar em animais, o tratamento que os chineses dão aos animais é simplesmente atroz e nós europeus apesar de não sermos santos, temos leis que protegem e tentam evitar o sofrimento animal.

Saudações